A película Ágora ou Alexandria
(2009) tem uma bela trama sob o ponto de vista histórico. O roteiro tem muitas
reviravoltas e conflitos crescentes. A bela atuação de Rachel Weisz é notável. Um
final surpreendente. Na história, a história de Hipátia, uma filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre
os anos 355 e 415 da nossa era. Resultante de uma cultura iniciada com
Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, Alexandria é agitada
por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião
intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo e a cultura
greco-romana. Hipátia tem entre seus alunos Orestes, que a ama, sem ser
correspondido, e Sinésio, adepto do cristianismo. Seu escravo Davus também a
ama, secretamente. Hipátia não deseja casar-se, mas se dedica unicamente ao
estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no
relato do filme, é com o movimento da terra em torno do sol. Mediante os vários
enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se
apoderam, aos poucos, da situação, e enquanto Orestes se torna prefeito e se
mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo Davus se debate entre a fé cristã e a
paixão.