A introdução da história do curta-metragem em animação Adam and Dog é morosa. A história é bem estruturada e tem sua singeleza. A trilha sonora e edição deve ter atenção merecida. Com um trabalho visual de cinematografia, a animação reuniu vários artistas de estúdios como Disney Feature, Dreamworks e Pixar. Na história, o amor incondicional de um cão na busca pelo seu dono.
29 de julho de 2016
28 de julho de 2016
Vidas Partidas
Inspirado nas altas estatísticas de crimes de violência contra a mulher no Brasil e no mundo, o brasileiro Vidas Partidas (2016) tem estreia programada para 4 de agosto no cinema nacional. O roteiro da película é morno, sem emoção, contudo, muito bem estruturado. Muitas oportunidades de cenas dramáticas em sua composição foram perdidas e, com isso, Vidas Partidas perde a audiência no meio do caminho. A temática é boa e contemporânea. A direção, em termos de concepção audiovisual e jogo de câmeras, é ótima. A trilha sonora é assertiva e condizente com a época em questão. Na narrativa, Graça (Naura Schneider) e Raul (Domingos Montagner) são um casal que se apaixonam perdidamente, envolvidos em uma relação ardente provocada por alta passionalidade. Os dois se casam e têm duas filhas, criando uma família perfeita até que, enquanto Graça evolui no trabalho, Raul fica desempregado. Para ajudar, Graça pede que o amigo e ex-marido indique secretamente Raul para uma vaga de professor em uma Universidade. Quando consegue o cargo, Raul, aos poucos, torna-se agressivo e possessivo com a esposa, resultando em frequentes cenas de violência doméstica. Confira o trailer!
27 de julho de 2016
Ellen Oléria
No próximo dia 28 e 29 de julho, na Sala Itaú Cultural (piso térreo), ancestralidade, amor e esperança são alguns dos temas que serão cantados pela cantora e compositora Ellen Oléria. Após sua última turnê pelo Brasil e por outros países, como Angola, França e Japão, a brasiliense começa a apresentar parte do seu projeto musical mais recente, Afrofuturista. Depois de se aprofundar no estudo de discografias, literatura, filmografias e na cultura de terreiro por quatro anos, Ellen trocou o violão pela guitarra e fez um álbum com diversas influências, entre elas, samba, afoxé e maracatu. Para Ellen, a memória é o combustível da consciência. Aos quase 16 anos de carreira, Ellen mantém uma relação afetuosa e realista com a música: “Viver da música e para a música no Brasil é uma missão, um privilégio e uma grande responsabilidade. Superar os desafios da mercantilização dos corpos padronizados e conseguir tocar para uma galera que curte o que produzo me faz muito feliz”, diz. O espetáculo conta com a participação especial da atriz e MC Roberta Estrela D’Alva, uma das parceiras no processo de produção do Afrofuturista. A entrada é gratuita. O show se inicia às 20h. Confira um pouco da musicalidade de Ellen Oléria que canta "Solta na Vida".
26 de julho de 2016
A Rainha Esther nas Quartas Bíblicas
Foto Priscila Rossignoli
Está em cartaz a peça A Rainha Esther no Teatro Bibi Ferreira. Na Bíblia, Esther é da tribo de Benjamim,
radicada na Pérsia e se torna Rainha sem que ninguém soubesse de sua origem
judaica. No poder irá salvar os judeus jurados de morte por Hamã, homem
de confiança do Rei Ataxerxes. A Rainha Esther é um capítulo da Bíblia que trata de um dos
assuntos mais polêmicos e atuais da humanidade. Infelizmente, o preconceito
atravessou séculos e continua vivo no inconsciente coletivo. As Quartas Bíblicas buscam a
fidelidade ao texto, aos figurinos e aos cenários da antiga Pérsia. A peça é bíblica e não
contém preferência de credo. Esta temporada irá até 31 de agosto, sempre
às quartas-feiras, às 20h30. Ingressos a R$ 50,00 e meia-entrada.
25 de julho de 2016
Amelhinha
Foto: Divulgação
Intérprete que entrou para a história da música brasileira no final da
década de 70, Amelinha é atração da Caixa Cultural São Paulo nos
dias 26, 27 e 28 de agosto, às 19 horas. A cantora sobe ao palco para
comemorar 40 anos de carreira com o show Janelas do Brasil – nome de seu décimo quinto
disco, que também ganhou versão em DVD gravado ao vivo no Teatro FECAP, em São
Paulo. No repertório do espetáculo estão também os sucessos que marcaram
sua trajetória, bem como novas canções de Zeca Baleiro, Chico César e Marcelo
Jeneci. A cantora se apresenta ao som de dois violões executados por músicos de
primeira linha: Julinho Braw e Cesar Rebechi. A música “Frevo Mulher”, de 1979,
foi uma febre nacional que rendeu à Amelinha o primeiro Disco de Ouro da
carreira. Mas o fenômeno aconteceu mesmo em 1980, quando ela colocou abaixo o
Maracanãzinho, no Festival MPB 80, cantando “Foi Deus Quem Fez Você”. Sucesso
estrondoso, a música tornou-se marca registrada da cantora, foi gravada em
compacto, homônimo, seguido do álbum Porta Secreta. Ambos foram Discos Quádruplos de Platina com mais de um milhão de
cópias vendidas. Os ingressos serão gratuitos e serão distribuídos a partir das
9h no dia do show (1 par por pessoa). Vale à pena prestigiar. Por ora, deleite-se com a linda voz de Amelhinha em “Galos, Noites e Quintais” para se animar.
22 de julho de 2016
The Sixth Sense
O premiadíssimo The Sixth Sense ou O sexto sentido (1999) é uma obra prima em forma de suspense. O roteiro é excelente, impecável. Dilemas e conflitos que se apresentam com sutilidade em pistas e recompensas eficazes. A trilha sonora é singular. A direção é assertiva e primorosa. Os personagens são muito interessantes pelo ponto de vista da construção, desenvolvimento e conclusão da história. A película tem um show de interpretações com Bruce Willis, Haley Joel Osment e Toni Colleti. A direção de arte que compõe as pistas do filme é simplesmente um verdadeiro chame. Para quem nunca assistiu, se espantará com o final do filme, mesmo que por vezes as pistas estarem tão escancaradas dentro de uma tenuidade impar. Para os que já conhecem, é sempre bom rever como essa obra foi trabalhada em suas nuances. Na narrativa, o psicólogo infantil Malcolm Crowe (Bruce Willis) abraça com dedicação o caso de Cole Sear (Haley Joel Osment). O garoto, de 8 anos, tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Malcolm, por sua vez, busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se suicidou na sua frente. Como curiosidade: nos Estados Unidos, o filme liderou o ranking semanal de público durante 6 semanas, sendo ainda a 2ª maior bilheteria de 1999 nos EUA. Já no Brasil, o filme foi líder absoluto de público, tendo liderado o ranking semanal por mais de 2 meses e levando aos cinemas mais de 4 milhões de pessoas, tornando-se o filme que mais expectadores teve em 1999. Além disso, o ator Haley Joel Osment foi impedido por sua mãe de assistir ao filme por um motivo simples, a censura era 14 anos. Poderia ser que as cenas impressionassem o garoto, que na época tinha 11 anos de idade, por isso Haley não teve a oportunidade de se ver nas telas. Uma ironia, diria! Confira o trailer.
21 de julho de 2016
Fat
O curta-metragem em animação Fat é lúdico, bem humorado e nos gera curiosidade do inicio ao fim. Na narrativa, a vida calma e tranquila da fazenda traduz o ambiente despreocupado até que as coisas começam a ficar gordas.
20 de julho de 2016
Premier Automne
A animação Premier Automne tem uma ideia original boa. A história é uma graça e emociona com toda a sua delicadeza de imagens. A trilha sonora é arrebatadora. Na narrativa, Abel vive no inverno e Apolline vive no verão. Isolados em sua "natureza", eles nunca se encontram. Quando Abel cruza a fronteira, ele descobre uma junção que logo pode se tornar complicada. Assista!
19 de julho de 2016
Dos Hermanos
A comédia dramática argentina Dos Hermanos ou Dois irmãos (2010) tem um excelente roteiro, além de ser um filme inteligente. Os dilemas são escritos com profundidade, verossimilhança e são muito bem embasados, mas ao mesmo tempo é cerceado por uma simplicidade bem singular na história. Os diálogos são assertivos. A direção é primorosa. As atuações de Graciela Borges e Antonio Gasalla são excelentes. Além disso, a história em si é um encanto que revela um relacionamento entre irmãos por vezes de amor, por vezes de ódio, exatamente como é o convívio de dois irmãos. Um verdadeiro primor de película! Na narrativa, Susana (Graciela Borges) é egocêntrica e valoriza o próprio sucesso acima de tudo. Por esse motivo, deixou exclusivamente a cargo do irmão Marcos (Antonio Gasalla) a tarefa de cuidar da mãe. Quando esta morre, Marcos se vê solteiro aos 64 anos e sem grandes realizações profissionais. Ao ser expulso por Susana do apartamento onde sempre morou com a mãe e obrigado a sair de Buenos Aires, vai buscar asilo em um resort no Uruguai. Lá, ingressa em um grupo de teatro, desenvolve amizades e recupera a vontade de viver. Mas as notícias de seu progresso desagradam a irmã. O filme foi exibido na mostra Foco Argentina, no Festival do Rio 2010. Confira o trailer!
18 de julho de 2016
A Mão do Meio (Sinfonia Lúdica)
Nesta quinta-feira, dia 21, a Companhia de Danças de Diadema apresenta o espetáculo infantojuvenil A Mão do Meio (Sinfonia Lúdica) no Teatro Municipal de Santo André. A montagem foi concebida e coreografada em dupla por Michael Bugdahn e Denise Namura. A direção geral é assinada por Ana Bottosso. O enredo retrata a experiência da descoberta do próprio corpo, das mãos e dos pés. É uma história de gestos contada por meio da dança, incluindo algumas cenas com o artifício da luz negra. Os bailarinos e o público embarcam na fabulosa aventura de uma “mão” que - fascinada por todo tipo de movimento - parte em busca da descoberta do corpo e, pouco a pouco, torna-se uma verdadeira colecionadora de gestos.
Segundo os coreógrafos, o espetáculo é uma sinfonia lúdica composta por movimentos, sons e luzes que faz o público mergulhar em um mundo feito poesia, onde situações do cotidiano se transformam em mágica num piscar de olhos, onde gestos simples provocam imagens surpreendentes e sensações inéditas. Michael Bugdahn explica que A Mão do Meio (Sinfonia Lúdica) conta uma história que envolve o nascimento, a descoberta do corpo e da vida. Também fala sobre as diferenças físicas entre as pessoas, que nem sempre são relevantes. “Todos vão compreender que não é preciso ser um super-herói para viver experiências incríveis e enriquecedoras”, comenta. Michael Bugdahn é alemão e Denise Namura brasileira. O casal, convidado para esta montagem, vive em Paris, onde tem uma companhia de dança. Este é o segundo trabalho que eles assinam para a Companhia de Danças de Diadema. “Eles têm uma estética primorosa que explora a mímica, os detalhes minimalistas, os gestos, os movimentos do cotidiano: características ideais para um espetáculo infantil”, afirma Ana Bottosso, ao comentar sobre o convite à dupla de coreógrafos. O convite é gratuito, agende-se. Confira o vídeo do trabalho do grupo, é muito bom!
15 de julho de 2016
Nina Pandolfo
O trabalho de Nina Pandolfo, assim como todo artista, traduz um pouco de sua essência. As lembranças do quintal de sua avó e do convívio com as irmãs (ela é a caçula de 5 irmãs) ajuda a explicar as figuras femininas e delicadas em seus desenhos.
Seus traços são suaves, mas com muita personalidade. Nina é extremamente contemporânea. Gosta de se expressar de diferentes formulas, mas sem rótulos de ser artista plástica ou grafiteira. Confira a delicadeza de suas pinceladas em recente entrevista no programa Metrópolis.
14 de julho de 2016
The Pleasure Drivers
Bem dirigido, o filme The Pleasure Drivers ou Mentes Perversas (2006) é tenso e bem delineado. A fotografia revela o estado e crueldade íntima de cada personagem. Diversas histórias de personalidades doentias que se encontram em um propósito de uma tragédia quase que coletiva. Na narrativa, Los Angeles é uma cidade única no mundo, um lugar onde muitos caminhos se cruzam e destinos se confrontam. Quando sol da Califórnia se põe, a noite revela três histórias interligadas que envolvem personagens dos mais incomuns: um terapeuta adúltero, uma garota de programa sociopata, uma lésbica viciada em drogas, um seqüestrador e um místico ex-seguidor de uma seita religiosa. De forma sensual, bizarra e perigosa, estas cinco estranhas personalidades seguem seus caminhos extrapolando todos os limites, e fazem de tudo para conseguir prazer na “cidade dos anjos”. Um paraíso cheio de sombras onde a libido alimenta a diversão, fazendo do sexo e da violência um verdadeiro – e mortal - estilo de vida. Confira o trailer!
13 de julho de 2016
Mama
Feito em stop motion, o curta-metragem Mama (1972) tem uma história simples e sem grandes conflitos ou dilemas. Não emociona, mas cativa. Na narrativa, a mãe sai as compras e deixa em casa o seu filho dormindo. A trilha sonora é interessante, bem típica da década de 70.
12 de julho de 2016
História da Alimentação no Brasil
Para ler o livro História da alimentação no Brasil, de Luís da Câmara Cascudo, o leitor precisa gostar do tema, ser obrigado a lê-lo ou, ainda, ser raçudo. Sim, por que esta pesquisa leva mais de 900 páginas de leitura extremamente detalhosa. O inicio pode ser maçante, a escrita não flui e a introdução de outras línguas na escrita pode até desestimular os mais desavisados. Mas insistam, o conteúdo é bom e nos revela boas curiosidades. No conteúdo, um observador malicioso, por certo gourmet e gourmand, observou que o índice de civilização de um povo pode ser medido pelo requinte de sua cozinha. Tempos antes, o glutão Brillat-Savarin já afirmara que o destino das nações depende da maneira como elas se alimentam. Interessado na mistura do feijão com o arroz, no preparo dos temperos, no corte de legumes e verduras, nas delícias das sobremesas, nos rituais e superstições alimentares, Luís da Câmara Cascudo reuniu durante mais de vinte anos informações (e provou comidas) para traçar a sua História da Alimentação no Brasil, espécie de história do brasileiro, através daquilo que entra pela sua boca. Com uma abrangência enciclopédica, o mais completo e fascinante estudo sobre a cozinha brasileira, em seus múltiplos aspectos, a obra divide-se em duas partes. Na primeira, o autor analisa o tríplice legado que, misturado, refogado e temperado, iria formar a cozinha brasileira típica: a herança indígena, africana e portuguesa.A segunda parte vai muito além do estudo da cozinha brasileira, com seus sabores e odores, pratos típicos e misturas, registrando e analisando, com gula, mas sem pressa, os múltiplos elementos sociais que giram próximo à cozinha: a sociologia da alimentação, o ritmo da refeição (dos bons tempos em que a família se reunia ao redor da mesa patriarcal à época do fast-food), o folclore e as superstições ligadas à alimentação, as bebidas de preferência do brasileiro. Discute ainda questões que afetam o paladar e o apetite de todos nós, como os mitos ligados à cozinha africana e a contribuição de imigrantes, sobretudo alemães e italianos.Em síntese, a História da Alimentação no Brasil é um saboroso prato literário, ressaltando uma cozinha original que, se a observação de Brillat-Savarin for correta, terá um brilhante destino.
11 de julho de 2016
André Sampaio & Os Afromandingas
Guitarra marcante, tambores de terreiro e psicodelismo dos anos 60 e 70 marcaram o primeiro álgum de André Sampaio & Os Afromandingas. Um pouco de Afrobeat, Samba e Dub, tudo junto e misturado, o grupo fez apresentações fora e pelo Brasil. Ao lado de André, Os Afromandingas é um exemplo de fusões culturais, do "tocar com mandinga" e com a ligação ancestral a qual André se propõe. As composições e arranjos nos proporcionam viver essas experiências, muito além das percepções sonoras: África e Brasil muito mais próximos. No album Desaguou, o grupo apresenta um encontro entre Rio de Janeiro, Mali, Brukina Faso, Lisboa, Moçambique e Olinda com muitos convidados, grandes nomes da música mundial. Que tal conhecê-los? Assista o clipe Ecos De Niafunke, um luxo de sensações.
8 de julho de 2016
Dio & Baco
7 de julho de 2016
Olga
Baseado no livro de Fernando Morais de mesmo codinome, Olga (2004) tem uma fotografia assertiva. A película, bem como a apresentação dos personagens é longa por demais. Os diálogos, às vezes, são didáticos. A direção é boa, mas sem grandes surpresas. A trilha sonora é uma delícia. A produção espetacular em seus mínimos detalhes. Algumas cenas são arrebatadoras, nos conquistam pela emoção. Não posso deixar de falar da respeitável interpretação e caracterização de Camila Morgado. Na narrativa, Olga Benário (Camila Morgado) é uma jovem judia alemã. Militante comunista, é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde recebe treinamento militar e é encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) de volta ao Brasil. Na viagem, enquanto planejam a Intentona Comunista contra o presidente Getúlio Vargas, os dois acabam apaixonando-se. Parceiros na vida e na política, Olga e Prestes terão de lutar pelo amor, pelo comunismo e, principalmente, pela sobrevivência. Como curiosidade, a produção do filme recriou a fria Alemanha em Bangu, bairro mais quente da cidade do Rio de Janeiro. A antiga fábrica de tecidos de Bangu virou o campo de concentração de Ravensbrück. O diretor Jayme Monjardim realizou mais de quarenta testes para a escolha do intérprete ideal de Luís Carlos Prestes. A dificuldade era encontrar alguém que, além de bom ator, tivesse também os traços físicos do personagem. O filme foi selecionado como Hors Concours no 32º Festival de Gramado, em 2004 e ganhou diversos prêmios. Confira o trailer!
6 de julho de 2016
Joan of Arc
Bem dirigido, o drama histórico canadense Joan of Arc ou Joana D'arc (1999), de Christian Duguay nos apresenta uma história forte e singular, mas cerceada com muita sensibilidade em diversas grandes cenas. Em tempos que se fala de refugiados ou que a população da Inglaterra votou para sair da união Européia, assistir Joan of Arc é uma boa pedida para repensarmos no mundo atual através de fatos históricos que contém no filme. Fatos estes, inclusive, que propõe a união e compaixão ao próximo, daí a beleza singular dele. A produção é incontestavelmente primorosa. A fotografia é belíssima e a direção de arte trabalha com uma paleta de cores assertiva. No roteiro, os diálogos são eficazes e notáveis. Não podemos deixar de citar a agradável atuação de Leelee Sobieski. Na narrativa, a jovem Joana começa a ouvir vozes divinas, encorajando-a a integrar a guerra francesa comandada pelo Rei Charles. À medida que sua fama e seu poder de liderança aumentam, as especulações aumentam sobre a origem da garota e sua legitimidade em comandar uma guerra. Quando as ações em Paris fracassam e levam à morte do irmão de Joana, ela é capturada e vendida aos ingleses, sendo considerada uma herege. Assista o trailer. O filme vale muito à pena também.
5 de julho de 2016
Amor em 79:05”
O espetáculo Amor em 79:05” é uma adaptação do diretor Elias Andreato para o livro homônimo de Vinícius Márquez. Estrelada por Josemir Kowalick. A peça estreia amanhã no Teatro Augusta, às 21 horas. Com abordagem contemporânea, a montagem apresenta um escritor de meia idade em momentos de solidão, vivenciando o amor em seus múltiplos sentidos, mostrando os sentimentos, as frustrações, os desejos e as derrotas da personagem sob intensa égide poética. E em pleno momento criativo, o homem imagina seu encontro com um jovem e belo rapaz (Eduardo Ximenes) e relata um cotidiano fictício desse relacionamento homoafetivo. Ele expõe as dificuldades da relação, alternando devaneios, discussões e momentos de ternura. As imagens são difusas. O jogo entre imaginação e realidade sugere também a possibilidade de ser o jovem quem está escrevendo a história. Fica a dúvida. “O que fica claro na peça é a certeza de que o artista é capaz de todas as fantasias. Para falar de uma dor é preciso inventar uma história”, comenta o diretor Elias Andreato. A participação do jovem não tira o caráter de monólogo da peça (sua presença é quase etérea). Os diálogos não chegam a ocorrer, são solitários. A presença do interlocutor - imaginário ou não - reforça o sentido das palavras e atinge de forma eficaz aquele a quem são destinadas. Andreato argumenta que Amor em 79:05” discute a relação do tempo com o amor e a solidão. “O texto mostra a intensidade de um relacionamento, independente da opção sexual, e nos faz pensar nas relações afetivas que, hoje, são tão efêmeras, quando não se valoriza o contato direto, quando a tecnologia pode substituir a intensidade do toque, do olhar próximo. Há falta de tempo para falar de si, das angústias: muitos querem mesmo é provar, publicamente nas redes sociais, o quanto são felizes.” A trilha sonora original do espetáculo é assinada por Fábio Sá. O diretor também criou o cenário da peça, Leo Sgarbo fez o figurino, Rodrigo Alves “Salsicha” na iluminação e Daniel Torrieri Baldi na produção. O Teatro Augura fica na rua Augusta, 943 e a temporada vai até o dia 25/8. Prestigie o que é nosso!
4 de julho de 2016
O Maravilhoso Teatro Ambulante da Academia de Palhaços
De 6 a 10 de julho, O Maravilhoso Teatro Ambulante da Academia de Palhaços chega ao Centro Cultural São Paulo com direção de Fernando Neves. Serão cinco peças, uma a cada dia, encenada por cinco atores: Bruno Garcia, Laíza Dantas, Maurício Schineider, Paula Hemsi e Rodrigo Pocidônio. O grupo apresenta clássicos do circo-teatro e peças de autores populares, passando pelo drama circense, pantomima, teatro de revista e comédia de costumes. O grupo traz o necessário olhar libertário para a arte: “o circo é antropofágico e nesse trabalho todos os estilos são transportados para a linguagem circense,” comenta o diretor. Os espetáculos são pinçados de estéticas diversas, tendo como unidade a coerência como o a essência do circo-teatro. As apresentações são gratuitas. Veja o calendário das apresentações:
6 de julho - O Teatro Mambembe do Doutor Fracassa (50 min)
7 de julho - Lágrimas de Mãe (35 min)
8 de julho - As Desgraças de Uma Criança (55 min)
9 de julho - Nosferatu - O Vampiro das Sombras (45 min)
10 de julho - A Paixão de Cristo Segundo São Rubinho (50 min)
O Centro Cultural São Paulo fica na Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso - São Paulo/SP. A produção avisa que se chover não haverá espetáculo. Vamos torcer para que o tempo fique ensolarado! Prestigie o que é nosso.
1 de julho de 2016
Defective Detective
O curta-metragem de animação Defective Detective pode nos apresentar um personagem pra lá de sui generis, mas interessante pelo ponto de vista da construção dos personagens. A trilha sonora é instigante e alinhada à proposta de direção. Na criativa trama, a partir de uma "falsa" pista, um detetive com defeito se predispõe a investigar a casa de sua vizinha. Os sons podem sugerir episódios extras muito além da própria imaginação. Confira!